Bem, essa primeira linha diz para meter todo o seu dinheiro no saco. Isto é da tua mãe, Dylan?
Quer fazer um levantamento?
Não respondi. É um [...]
Só quero comprar o saco do Frozen anunciei, esquecendo-me momentaneamente de que tinha apenas oito pence. O bilhete é para outra coisa. Não para ler. Obrigado.
Implacável, a velha mulher tentou ler mais um pouco. A seguir voltou a chamar a minha ex-professora.
Tem uma arma? perguntou ela. Diz aqui que tem uma arma. Pelo menos, acho que é o que diz.
Não. Apenas uma encomenda para mandar registada, por favor. E então percebeu o que lhe tinham perguntado. Uma quê?
Eu tenho oito pence intervim, tirando os trocos do bolso e empilhando-os no balcão.
Uma arma? perguntou a setora.
É só uma história que estou a escrever. Pode devolver-me isso?
Ah fez a setora. Tu e as tuas histórias. Não é preciso teres vergonha.
A velhota apontou para o bilhete.
Ele tinha um plano... mas mais nada
Será assim tão difícil levar uma vida de crime?
Um policial cheio de humor e rápido como um filme.
Algumas pessoas assaltam bancos porque são gananciosas.
Outras gostam da adrenalina.
Eu? Assaltei um banco por remorso. Mais especificamente: por remorso e por uma vela perfumada nepalesa.
Quando Dylan, de quinze anos, pega por acidente fogo à casa da rapariga que tenta impressionar, sente que apenas um gesto ousado poderá compensá-la. Um gesto como assaltar um banco para lhe pagar a nova casa. Só um emprego indesejado ao sábado, um gerente bancário tirânico e um trabalho de História inacabado se interpõem entre Dylan e o assalto do século. E, realmente, qual é a pior coisa que pode acontecer?