A Quarta Revolução Industrial ou Revolução 4.0 trouxe novidades tecnológicas capazes de alterar a forma como se produz e se presta serviço, influenciando de forma direta o mundo do trabalho. Os aplicativos permitem com que as empresas estabeleçam um canal de contato direto tanto com seus clientes, quanto com seus trabalhadores, tornando o celular um instrumento primordial para execução das tarefas cotidianas do cidadão, podendo incluir inclusive as atividades laborais. Dessa forma, essa nova era trouxe prejuízo manutenção das condições mínimas de trabalho, como protege a Constituição federal de 88 e a Consolidação das Leis do Trabalho, já que agora a inteligência artificial através dos algoritmos retirou a necessidade de um ser humano gerenciando diretamente o processo produtivo transferindo para os computadores essa atividade. Esse novo modelo de atuação das empresas ficou marcado globalmente pela Uber, a empresa que mais rápido obteve projeção mundial nesse contexto, por isso uberização. Portanto, com base na bibliografia, este ensaio busca desenvolver as potencialidades de uma construção coletiva da parametrização dos algoritmos da Uber, ou seja, entender por qual caminho o Direito Coletivo do Trabalho deve seguir com o intuito de se atualizar e de ser fazer presente neste momento ao qual o mundo atravessa. Com fins práticos, este ensaio desenvolve, por fim, uma proposta para a concretização da construção coletiva, que envolva empresa e trabalhadores, sob a ótica do princípio da proporcionalidade e à luz da legislação vigente.