Ao longo de mais de 200 páginas pressentimos a dúvida que abraça chavetas desejadas []. Seremos capazes de substituir rituais caducos por outros que desempenhem a mesma função integradora? As novas gerações poderão afirmar-se pelo que constroem e não apenas pela recusa automática do legado das anteriores, confundindo ato e bravata? O desaguar de multidões nas cidades implicará necessariamente o anonimato, [] pois nenhum sonho já os ocupa, o espanto perante um gesto solidário que já não se espera, vivemos empilhados, mas sem vizinhos?
A Ciência resistirá aos encantos do próprio umbigo, à vertigem da descoberta que afaga o ego e a conta bancária, deixando as preocupações éticas para políticos que as anunciam aos quatro ventos e a milhões de votantes, mas não as deixam comprometer os seus projetos de poder? []
Sobre tudo isto e muito mais! Fernando Namora se debruça, interroga, não é exagero acrescentar angustia. O seu futuro é o nosso presente, já o disse. Pelo qual somos responsáveis. [] Metemos as mãos à obra ou nos bolsos? Escrevi que Fernando namora respostas, pede contas.