O grande terramoto de Lisboa, que aconteceu na manhã do Dia de Todos os Santos de 1755, não foi um mero abalo foi um momento que desestabilizou os pilares de uma ordem social inveterada e enviou ondas de choque através do mundo ocidental.Terra, água, vento e fogo todos conspiraram para produzir uma catástrofe particularmente infernal. Aos fortes tremores de terra, seguiram-se três ondas gigantes que se abateram sobre a zona ribeirinha, e fortes ventos inflamaram durante cinco dias os fogos causados pelo tremor de terra.Lisboa não foi só dizimada foi aniquilada. O acontecimento levou ao equivalente do século XVIII de um frenesim mediático e originou uma sucessão de desenvolvimentos fascinantes, como o primeiro esforço concertado de preparação para catástrofes, reformas sociais, planeamento urbano e o nascimento da sismologia.Nicholas Shrady é escritor e jornalista, contando-se entre os seus livros Sacred Roads e Tilt. Publicou artigos nas revistas Architectural Digest, Travel e Leisure, Forbes e The New York Times Book Review. Vive em Barcelona.