As ruas conduzem, demarcam, formam e transformam. Nelas uns ganham a vida (nem sempre de forma honesta), outros vagabundeiam. As ruas são locais de esperança e de desilusão, onde olhares furtivos se transformam em flerte, em amor e desamor. Elas são como nossas artérias: dão vida e pulso às cidades. E ambíguas, complexas, generosas, as ruas também inspiram. Com rara sensibilidade e inspirado nas ruas do Rio de Janeiro do início do século XX, João do Rio apresenta neste clássico um instantâneo da alma brasileira.