Próximo de um romance de costumes, A condessa Vésper oferece agudas observações da geografia humana do Rio de Janeiro da época, descreve admiráveis painéis da cidade, dentro da perspectiva detalhista que caracteriza o estilo. Do mesmo modo, estão presentes certos modos de falar e a riqueza vocabular que alguns tipos humanos, ousadamente reconhecíveis nas classes despossuídas, faziam uso.
Este romance, um tanto esquecido na produção de Aluísio Azevedo, embora guardando todas as passagens do folhetim, foi também a caricatura viva e dinâmica das bases, digamos, podres da sociedade imperial.