Clássico da contracultura e sátira da Guerra Fria: uma história apocalíptica sobre o destino do planeta, povoada pelas mais improváveis figuras.
«Fosse eu um homem mais novo, e escreveria a história da estupidez humana; e subiria ao topo do monte Mc-Cabe e deitar-me-ia de costas, com a minha história como almofada; [] e faria uma estátua de mim mesmo, deitado de costas, com um esgar medonho, a fazer um manguito a Sabes-Bem-Quem.»
Jonas, jornalista, quer saber mais sobre a catástrofe de Hiroxima. A pesquisa leva-o à ilha de San Lorenzo e ao enigmático Felix Hoenikker, um dos criadores da bomba atómica, agora ocupado com a sua mais recente invenção: o gelo-nove, substância capaz de extinguir a vida na Terra. Embrenhando-se nas intrigas políticas daquela estranha nação, Jonas conhece Papa Monzano, o governante ditatorial da ilha, e adota o bokononismo, uma religião ilegal fundada pelo misterioso Bokonon, que, com as suas «inverdades inofensivas» e parábolas absurdas, oferece consolo aos ilhéus. Até que uma cadeia de desastres acaba por deixar em San Lorenzo apenas um punhado de sobreviventes, e Jonas encontra, por fim, Bokonon, que lhe faz uma importante revelação.
A proverbial irreverência de Kurt Vonnegut, combinada com humor ácido e histórias mirabolantes, alcança neste romance a sua pujança máxima: Cama de gato é uma paródia à loucura do Homem moderno e uma narrativadelirante sobre o fim do mundo, sombriamente fatalista e hilariantemente cómica. À semelhança de Matadouro cinco ou Pequeno-almoço de campeões, Cama de gato apresenta ecos perturbadores do presente, renovando em sucessivas gerações deleitores o estatuto de autor de culto de Vonnegut. «O tempo certo para ler este escritor é justamente quando começamos a suspeitar de que o mundo não é o que parece. Vonnegut, além de nos divertir, dinamita tudo.» The New York Times
Os elogios da crítica:
«O mais divertido dos intelectuais.» Salman Rushdie
«O grande escritor americano do século, urgente e apaixonado, que nos oferece um modelo do pensamento humanista que ainda pode salvar-nos de nós próprios.» George Saunders
«Um escritor único.» Doris Lessing
«Os livros de Vonnegut são cómicos, virulentos, bondosos, austeros, imaginativos - e tão relevantes hoje como há setenta anos, quando foi publicado o seu primeiro romance.» The Guardian
« Cama de gato é um veículo em roda livre [] e uma viagem inesquecível.» The New York Times
«Vonnegut é um sátiro social inimitável e que não imita ninguém.» Harper's Magazine
«O grande escritor de humor ácido da América. [] Rimo-nos como estratégia de autodefesa.» Atlantic Monthly