Novo romance de Pedro Duarte, "Crime em Penedo" homenageia a maternidade e interroga, de maneira leve, o diálogo entre gerações e as relações entre pais e filhos adultos, à luz das suas diferenças de visões de mundo e de perspectivas de Brasil.
O analista jurídico Vítor Borba, de 35 anos, tem problemas sentimentais e financeiros. Quando a aventura dos seus sonhos é frustrada por um compromisso inesperado de trabalho, sua mãe o convida para ir a Penedo, na serra da Mantiqueira, sede da primeira e única colônia finlandesa do Brasil. Na viagem, mãe e filho buscam uma delicada reaproximação, enquanto se dedicam a resolver um mistério que assombra a comunidade.
Do autor:
"As mulheres da minha família têm uma personalidade forte. Isso se deve não só a um aspecto psicológico o temperamento, por assim dizer , mas a uma característica que foi exigida delas ao longo da vida em diversas frentes: sociedade, carreira, relacionamentos, etc. Em várias dessas frentes, nossas mães exerceram um custoso pioneirismo. Esse aspecto é pouco compreendido entre nós, millenials, que vivemos boa parte das nossas vidas sob um regime liberal e distendido. Eu achei que seria engraçado contrapor esse traço a um personagem-tipo masculino do nosso tempo: um dândi contemporâneo, inspirado no 'homem supérfluo' da literatura russa. Nele, o horizonte de classe média se vê ampliado pelas lentes da internet, mas é corroído pelo tédio e pela inquietude existencial. Os atritos e mal-entendidos que resultam da interação entre mãe e filho terminam sendo o motor da narrativa." - Pedro Duarte
Recepção:
"Parece-me uma obra muito sólida, muito bem escrita, que se lê muito rapidamente: começamos a leitura e não queremos parar até a última linha. Um romance fresco e escrito de maneira coloquial, que apresenta bem as características dos personagens e da relação entre mãe e filho, permitindo que um e outro se sintam representados. Parabéns ao autor!" - Mario Barité, professor da Universidad de la República (UDELAR), Montevidéu