«O comentário político é sempre uma forma de "sociologia selvagem". Ou, abreviando, de sociologia tout court. Vamos indo e vamos vendo, colhendo sinais aqui e ali, até surgir uma "opinião" que, como diriam os Gregos, está sempre situada entre a sabedoria e a ignorância. Pelo meio, logicamente, introduzem-se os nossos amores e ódios, sem esquecer uma pitada de delírio.»
É esta a receita que João Pereira Coutinho aplicou entre 2015 e 2022 para entender o país e o mundo. O resultado é uma viagem ao nosso passado recente do terrorismo à «geringonça», da pandemia à invasão da Ucrânia servida através de uma escrita «sulfurosa, ácida e insolente».