Raul, recém-formado, está em movimento. Foge de uma obsessão sem explicação por uma colega de sala e procura uma carreira que faça mais sentido do que a do profissional do futuro num escritório de advocacia.
Mudando-se ora por trabalho, ora a serviço de sua educação sentimental, põe-se em contato com figuras caricatas da classe média brasileira, com o racismo, com imigrantes e indígenas em incursões pelas paragens típicas do Sudeste. Do contraste entre metrópole e interior, costa e montanha, ambição e vocação, tenta deduzir seu próprio caminho.
Enquanto se esquiva de pessoas com quem não se identifica e torce pela redenção na próxima mudança de cidade, porém, envolve-se sem saber numa malha de corrupção e violência que aos poucos o faz sucumbir à soberba, ao gosto pelo dinheiro e pelo pequeno poder que antes desprezava, e na qual corre o risco de perder mais do que a inocência.
Com elementos de romance de formação, crônica social e suspense, Floresce na Restinga é um depoimento em primeira pessoa de quem, ao tentar se achar, encontra um país talvez ainda mais perdido.
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Sobre FLORESCE NA RESTINGA:
Nesse livro, às vezes incômodo por ser muito crítico e pôr o dedo em feridas que preferimos ignorar, somos avisados de que, no caminho até o profissional do futuro, precisamos tomar o cuidado de não nos perdermos de nós mesmos.
(...) "Floresce na Restinga" é também empolgante por nos lembrar de que, por piores que pareçam as coisas, há sempre a estrada e a chance de encontrar flores pelo caminho. - Pedro Paulo Siruffo (Linkedin)