Os seus estudos sobre Guerra Junqueiro apresentamsenos como genial, definitiva e exaustiva avaliação estética da obra deste poeta que se insere na linha da grande poesia de pensamento de expressão portuguesa, superiormente representada por Camões / Antero Junqueiro (da escola de Coimbra) / Pascoaes Amorim (que fecham o ciclo). Em GUERRA JUNQUEIRO E A SUA OBRA POÉTICA, Amorim de Carvalho: faz a revisão, com exemplificação intensiva, da obra junqueiriana que é posta no lugar glorioso de que foi desalojada pelos preconceitos modernistas; explica as inquietações sociais e filosficas do poeta (Junqueiro não é um filsofo mas um poeta filosfico) através duma séria transmutação compreensiva do pensamento poético para o pensamento discursivo; estuda o processo simblico da poesia, a retrica que é defendida das ideias-feitas, o poder satíricocaricatural e o lirismo relacionado com aquela retrica, o bucolismo e o profundo saudosismo de Junqueiro, apresentados na sinceridade biográfica do poeta, que dão raizes à sua crise religiosa; procede à ousada revisão do problema das influências sobretudo de Baudelaire e Victor Hugo; dá, com grande originalidade, uma atenção muito especial ao imenso simbolismo junqueiriano; apresenta, com grande objectvidade, as relações literárias entre Junqueiro e Antnio Nobre, corrigindo gravíssimos erros interpretativos generalizados até à publicação desta obra; e empreende os estudos estético e psicolgico da versificação (sobretudo na sua faceta nobre que é o ritmo verbal) e do estilo junqueirianos.