"Dentro da cela, agonias que as lágrimas afogavam no silêncio; cá fora, a irrisão, a farsa, a jogralidade que a crítica descobre à beira das grandes dores, à beira até das sepulturas!
Mas ao pé da sepultura de Antónia de Portugal, no templo de S. Salvador de Coimbra, se não havia preces nem olhos lagrimosos, também não passava o motejo sacrílego. Aí moravam o silêncio, a soledade e a mudez do esquecimento que deve ser nas almas idas e saudosas desta vida um chorar sem consolação no seio da eterna glória.
Estava pois ressalva das borrascas a lutadora vencida e ao mesmo tempo vitoriosa; que morrer assim é triunfar."