Meio hostil reúne doze histórias curtas marcadas sobretudo pela variedade de personagens e enredos ( impondo-se e sobrevivendo a custo ) e pelas reflexões sobre o ato de escrever e sobre a contemporaneidade. Em geral textos de tom irônico, por vezes, entretanto, a poesia rima com o absurdo e o patético e conceitua: tais adjetivos merecem sua contemplação. Segundo livro de narrativas curtas do autor, Meio hostil promete iluminar seus arredores e lançar olhar às grandes alturas e também às mazelas e farsas feitas nas coxas da contemporaneidade ( a de todos os tempos , por vezes), tão apresentadas a nós como coisa séria. Oferecendo ao leitor, neste intento, uma leva consistente de histórias, histórias cheias de vida e de morte (sanguinolenta), bem como de tragédias, alteridade, humor, sensualidade, frases impertinentes e mordazes e poesia-apesar-de-tudo. Simulacros hiper-reais que são tais narrativas, a entenderem seu papel e o que é o mundo à volta, em contraste e em contrapartida. Terá conseguido o livro seu intento, também segundo você? É de se ver. Faça a sua parte e... talvez diria o autor, matreiramente.