João Batista está encarcerado. Na véspera de sua execução, não programada, é permitido que seja visitado por seus discípulos. Ele estava preocupado se realmente havia ungido a pessoa certa, se o messias, a quem sabia de antemão que "iria ordenar" para o ministério, era realmente Jesus. Afinal, era essa a missão de sua vida. E se tivesse falhado sentia que não teria uma segunda chance. Manda confirmar por meio deles se era realmente ele que ele devia ter ordenado, ou se ele havia errado no seu apontamento, se ainda viria um outro, se seria uma outra pessoa. Jesus aponta para os sinais, prodígios e maravilhas do seu ministério como assinatura do verdadeiro messias. Ele os realiza na frente dos discípulos para que testemunhem e relatem a João, para que ele tenha a certeza que escolheu a pessoa correta. Quando os discípulos se afastam em direção á prisão Jesus fica muito exaltado. Porque sabe que seu amigo de infância, companheiro de ministério, seu parente, primo por parte de mãe, irá morrer naquela noite. Então ele dá testemunho sobre a pessoa de João, sobre seu caráter, sobre sua importância profética, sobre sua importância para a humanidade.
"És tu Aquele que haveria de vir ou devemos aguardar outro?" 4 Jesus, respondendo, disse-lhes: "Ide e contai a João o que estais ouvindo e vendo: 5 Os cegos enxergam, os mancos caminham, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e as Boas Novas estão sendo pregadas aos pobres. 6 E, abençoado é aquele que não se escandaliza por minha causa".
Importante frisar que a humanidade sempre foi afligida pela manifestação de espíritos malignos e a partir dessa confrontação continua, desde o alvorecer da civilização os seres humanos tentaram se proteger das influencias e poderes malignos de toda sorte com o uso de sortilégios, magias, amuletos, poções, cânticos sagrados, rituais de todo gênero. Os sacrifícios, as ofertas de comida, as oferendas aos ídolos nasce do medo, nasce da vontade de aplacar a ira de seres de caráter e poder desconhecido, invisíveis, que atormentavam as civilizações. A adoração da serpente, das deusas serpentes, os sacrifícios às divindades sanguinárias, as oferendas continuas aos mortos visavam a proteção da maldade dos inconstantes, psicologicamente instáveis, irascíveis e muitas vezes cruéis espíritos que eram percebidos mediante o sofrimento físico e psicológico que causavam. O desejo de evitar o poder de demônios e espíritos malignos, impedir as visões doentias, os desejos perturbadores, e até mesmo a loucura que a perturbação continua destas entidades causava gerou a maioria das artes mágicas e práticas de exorcismo da antiguidade. Os egípcios enchiam seus túmulos de fórmulas mágicas, escritas nas paredes para proteção dos falecidos, os chineses invocavam a força dos amuletos escritos com essa finalidade, os gregos e romanos se cobriam de superstições, tabus, e artes mágicas para evitar o mal. Parte dessa defesa inútil, que reduzia civilizações a escravidão a religiões vãs, a escravidão de práticas de superstição, ao domínio de sacerdotes-feiticeiros, e a simpatias, sortilégios, amuletos e ídolos de toda espécie, eram cânticos sagrados e danças de proteção. Determinadas tragédias e mortes TINHAM que ser assinaladas por copioso pranto. Não era algo natural, haviam cerimoniais de luto por divindades, luto pela morte de personagem de ficção religiosa que eram OBRIGATÓRIAS para comunidades inteiras. Tais como choro por Tamuz de Babilônia, o choro por Osíris no Egito, o choro por Adônis dos gregos, e tantos outros festivais que eram iniciados pelos tristes solfejos de flautas da antiguidade. Do mesmo modo haviam os casamentos de divindades, os hierogámos que celebravam o amor de deuses inexistentes, rituais realizados na primavera, os cultos de fertilidade que incluíam danças, musica, festejos e licenciosidade, Sacaea celebrando o casamento de Astarte ou Ishitar e Tamuz em babilônia, Innana e Damuzi da Suméria, Isis e Osíris no