Géza Csáth (1887-1919) é um dos melhores e mais puros letristas húngaros, e não é por acaso que as suas linhas rimadas fluem na nossa direção, envolvendo-nos em cada palavra. A sua compleição, o seu pensamento, os seus sentimentos são todos característicos do poeta lírico, indulgentes tanto em profundidade como em doçura. Os contos de Géza Csáth são obras estruturadas de forma rigorosa e "objetiva": o psiquiatra-escritor penetra nas profundezas da alma adolescente com uma precisão semelhante à do cirurgião, revelando os impulsos cruéis e desenfreados misturados com o encanto natural da adolescência, as consequências imprevisíveis do "mapeamento" do mundo adulto (Matricído, A Pequena Emma). Os temas dos seus escritos mais queridos são extraídos da infância: memórias misturadas com elementos de conto de fadas (O Jardim do Feiticeiro). O lirismo maravilhosamente puro de Csáth ressoa, e as suas notas delicadas retumbam suavemente nas nossas almas.