A história do pecado está indissociavelmente ligada à história da própria humanidade e revela-se, de uma forma ou de outra, nos textos sagrados de todas as principais religiões. A doutrina cristã, por exemplo, é particularmente extrema e afirma, na sua conceção do pecado original, que na sua génese o homem é pecado. Mas o que é o pecado afinal? Por definição é uma ação deliberada contra as leis divinas mas, ao longo dos tempos, foi usado pelos poderes instalados como uma forma de tentar controlar a sociedade e condicionar as suas ações. Muitas vezes com objetivos meritórios quem se atreveria a questionar a bondade da lei supostamente divina que determina que o homem não deve matar outros homens? mas que, com demasiada frequência, teve na prática efeitos absolutamente nefastos. N'O Livro de Todos os Pecados Alves dos Santos regressa à Poesia e propõe-nos, em relação a esta temática do pecado, um novo paradigma que tem tanto de divergente como de desafiante. Em onze partes distintas o autor apresenta-nos o Homem como um ser com uma predisposição natural para o Amor. Um Amor por vezes egoísta, tantas vezes incompreendido, nem sempre correspondido e raramente vivido na sua plenitude. Mas ainda assim Amor. Um Amor que parte da inocência, mas que, nas suas deambulações através da essência da realidade humana, tem a capacidade de nos arrastar Inferno adentro ou elevar-nos a um Paraíso que tem tanto de desejado como de efémero. Ao folhear este livro o leitor será levado por uma viagem de um Herói poético, capaz de cometer todos os pecados apenas para não cometer o único verdadeiro pecado. Atreva-se a fazer esta viagem que tanto nos lança na incerteza existencial como nos liberta para vivermos a Vida e o Amor o melhor que pudermos e soubermos.