Este livro, que é catequético, inicia-se com o personagem pastor Gregório de Matos. Trata-se de homem bonachão que um dia vislumbrou ser capacitado a destruir o catolicismo, contudo, ele, com sua de pífia eloquência, quis começar tal façanha epopeica quixotesca por meio do piedoso padre João Paulo que um dia cruzou pelo seu caminho. Todavia, esse douto clérigo segue fielmente o seu lema sacerdotal: "Estai sempre prontos a dar a razão da vossa esperança; todavia, fazei-o com suavidade e respeito" (1Pd 3, 15). Dessa peleja entre doutrinas distintas, muitas perguntas que pululam o imaginário do senso comum (até mesmo entre muitos católicos mal catequizados) foram respondidas: idolatria de imagem? Maria teve mais filhos? Por que batizar criança? Etc. Mas também o livro não deixa de se enveredar pelas temáticas teológicas mais profundas utilizando-se de conceitos filosóficos para tal, sempre, porém, de forma bem-humorada para prender a atenção do leitor, pois tais assuntos são, por natureza, complexos. Em última análise, desse bom combate entre doutrinas distintas, o bom senso a duras penas impôs-se, e, com isso, houve bastantes conversões, inclusive daquele que agia, sem saber, como sendo o anti-herói da trama. Em suma, o insipiente pastor e o piedoso sacerdote por mais paradoxal que possa parecer são apenas coadjuvantes no enredo, visto que a protagonista, ainda que subentendida na trama, é a Verdade.