A prática escritural desenvolvida por indígenas mostra que esse registro literário é um instrumento relevante na busca pela autonomia em um processo no qual se tornar agente de sua produção contribui para desconstruir a objetificação e os estereótipos frequentes na representação elaborada pelo olhar alheio. Graça Graúna, autora de origem potiguara, se insere dentro desse movimento de protagonismo e ativismo literário. No entanto, a escritora foge do paradigma associado à literatura de autoria indígena no Brasil na medida em que também aborda discussões que não estão diretamente ligadas à sua identidade potiguara.