Irritada com o trânsito após sair de uma sessão de terapia em grupo e indignada com a notícia da morte de um antigo amante que não a via desde que foram separados por uma calúnia, Ághata decide fazer uma pausa em seu trajeto para casa, se encontrando com sua melhor amiga em um "café de esquina".Em meio a um debate no estilo "filosofia de boteco", as duas mulheres iniciam um ferrenho diálogo, alternando considerações acerca de religião, política e comportamento humano, com os relatos das histórias contadas na sessão de terapia.Ao mesmo tempo em que tenta convencer sua amiga de suas convicções, Ághata passa a travar uma batalha pessoal contra o mundo e contra si mesma, ao expor suas opiniões sobre os perigos da crença cega em um suposto criador em detrimento da criatura e do uso leviano da linguagem, "herança maldita do fruto da árvore do conhecimento", segundo ela.Ao final da longa conversa, inebriada por sentimentos de ira e indignação, Ághata acaba por exorcizar sua culpa pela morte de seu amado Fabrício, ao concluir que o dom da linguagem nas mãos de pessoas pequenas possuidoras de mentes fétidas nada mais é do que um objeto de destruição e, sendo este uma arma, assim como a espada, só pode ser combatido com a mesma arma palavra por palavra.