É legítimo perguntar: se um prédio está velho, porque não deitar abaixo e fazer de novo? Com áreas mais generosas, materiais modernos, e porque não, janelas mais largas, melhores vistas? Que sentido faz darmo-nos a tratos de polé para encafuar melhores condições sanitárias no projecto de "reutilização" ou reciclagem de um espaço habitacional vetusto, decadente, incómodo? Tem algum nexo reabilitar-se um andar de modo trabalhoso, e complexo, para manter a centralidade de um painel de azulejos aí pré-existente?
São perguntas inteiramente legítimas, repito, e espero que este livro ajude a responder-lhes. A resposta tem para mim a subtileza de um sentimento, que é fundamental transmitir aos mais jovens.