Com a sombra pendente de uma guerra que grassava na Europa e que ameaçava o nosso país, Vilar Formoso ganha notoriedade por ser o ponto preferencial de entrada em Portugal por via ferroviária. O que outrora tinha sido uma pacata vila com os seus problemas da pobreza que caracterizava o Portugal dos anos 30 passou a ser um local de passagem para milhares de refugiados que tentavam a todo o custo fugir do horror de uma guerra que mataria milhões de pessoas.
Em Bordéus, o nosso cônsul Aristides de Sousa Mendes passa tantos vistos como os que consegue para tentar salvar mais e mais vidas. Há verdadeiros ajuntamentos nas proximidades do nosso consulado pois sabem que aquele homem tem na sua assinatura a dom de os tirar a uma morte quase certa.
Joaquim Lordelo Dias recebe os comboios de refugiados que chegam a Vilar Formoso. Um dos comboios chega cheio de pessoas amedrontadas com a perspectiva de voltarem para trás mas também com nazis que insistem em querer seguir viagem com os refugiados.
No meio daquelas pobres almas a salvar uma família se destaca e Joaquim tem que escolher entre sacrificar aquilo que é a sua vida pacata e feliz por um papel mais activo de defesa de um grupo de oprimidos e de procurados pela PVDE, a mando de Salazar.