Vive sem viver, esquecida de si, enquanto os dias se repetem privados de emoção, numa rotina gasta. Só o filho a impede de desistir por completo e motivada pelo brilho daquele pequeno olhar decide mudar. Porém, de imediato, a vida lhe prega mais uma rasteira: o contrato de trabalho não será renovado.
Se a vida lhe quer voltar as costas, então também ela lhe virará as suas. Se é para mudar, que seja por completo. Malas feitas, deixa para trás casa, cidade, país, temendo o futuro, mas não podendo viver mais no passado.