A Vida Entre o Essencial e o Supérfluo reflete sobre temas importantes referentes ao que é necessário ou excessivo na vida do ser humano, pois a pessoa constantemente beira o essencial e o supérfluo. O livro trata da desvalorização da pessoa humana em favor do lucro de poucos, o que tantas vezes gera o sofrimento de muitos, como, por exemplo, nos desastres ambientais de Minas Gerais (Mariana e Brumadinho), que ceifaram muitas vidas, além de toda a degradação sofrida pela natureza, que precisará de anos para se recuperar, em alguns casos não sendo mais possível a revitalização de rios e matas ciliares. O tema do meio ambiente é visto de maneira sensível, pois é urgente suscitar discussões a este respeito diante de toda a polêmica acerca da Floresta Amazônica. A obra traz ainda o importante Sínodo para a Amazônia realizado pela Igreja Católica.Abordam-se também os impactos sofridos pelos ribeirinhos com a construção de hidroelétricas ao longo de rios, sobretudo do São Francisco. A degradação do ¿Velho Chico¿ é um fator que gera muita insegurança por parte de autoridades e, principalmente, entre os que sobrevivem de tudo o que ele pode oferecer, pois é a vida dessas pessoas que vivem da pesca e da irrigação ao longo do rio, o qual vem sendo assoreado, poluído e desviado, em muitos trechos, do seu curso natural.Outra questão abordada neste volume é a do fenômeno migratório, que vem crescendo de maneira assombrosa nos últimos anos; as causas são variadas: crise política, econômica e de valores, por parte de muitos gestores que governam para si, e não para os que mais precisam: os vulneráveis ou as minorias que são obrigadas a deixar sua pátria. O livro destaca os migrantes sírios e venezuelanos, pois são esses hoje os que mais deixam seus países na busca de refúgio em outras nações.